Os líderes de empresas estão muito animados com a IA (Inteligência Artificial) generativa. Para te ajudar a se manter atualizado sobre esse assunto que muda tão rápido, toda semana, em nossa coluna, compartilhamos o que aprendemos com nossos clientes e parceiros, além das últimas novidades de IA do Google.
Nesta edição, dois executivos do Google Cloud, Philip Moyer e Carrie Tharp, explicam por que começar com projetos simples é a melhor forma de entrar no mundo da IA generativa.
A mentalidade das empresas está mudando
Notamos uma grande mudança na atitude dos executivos no último mês. No início do ano, todos estavam maravilhados com o potencial da tecnologia. Agora, o foco mudou: eles querem encontrar formas práticas de usar a IA que possam ser implementadas rapidamente.
Quais são os projetos simples que as empresas estão buscando?
Tirando as empresas que já são especialistas em tecnologia e dados, a maioria dos líderes está focando em projetos mais diretos, como:
- Criar chatbots (robôs de conversa): Para automatizar o atendimento ao cliente e ajudar as pessoas a encontrarem produtos sozinhas.
- Gerar conteúdo de marketing: Criar textos para propagandas, posts para redes sociais, etc.
- Organizar melhor as informações internas: Usar a IA para criar sistemas de busca mais inteligentes dentro da empresa ou para ajudar a criar e revisar documentos comuns.
- Criar conteúdo personalizado: Para campanhas de marketing direcionadas a outras empresas (o chamado B2B).
Essa lista não é completa, mas mostra uma direção clara: muitos líderes estão preferindo soluções de alto valor e baixo risco, que podem ser criadas e implementadas rapidamente. Eles estão deixando de lado, por enquanto, as ideias grandiosas e futuristas que geram muito alarde (os chamados “moonshots” ou “voos à lua”).
Na nossa opinião, essa é a melhor estratégia para começar.
Cuidado com as expectativas exageradas
É claro que os projetos ambiciosos e futuristas são importantes. Toda grande empresa deveria ter algumas “apostas altas” em seu planejamento.
No entanto, quem acompanha o assunto nas redes sociais já viu influenciadores dizendo que “a IA generativa vai aumentar a produtividade em 10 vezes!”. Esse tipo de exagero dificulta a criação de metas realistas.
A verdade é que qualquer projeto grande precisa ser equilibrado com projetos práticos e possíveis de realizar, que talvez não mudem o mundo da noite para o dia, mas que já trazem resultados positivos.
Por exemplo, no início, em vez de esperar um aumento de 10 vezes (1000%) na eficiência, as empresas deveriam mirar em ganhos mais realistas, como 10%. Como em qualquer nova tecnologia, as empresas precisam aprender a andar antes de tentar correr. Começar aos poucos e aprender é útil; tentar alcançar as metas exageradas que vemos por aí não é.
Comece por dentro
O foco em projetos simples que nossos clientes estão adotando é exatamente o que aconselhamos há alguns meses:
- Ajude seus clientes (com chatbots, por exemplo).
- Use a IA para tornar seus dados internos mais úteis.
- Reduza o trabalho repetitivo e cansativo.
A isso, nós adicionamos um novo conselho: comece com projetos internos antes de lançar algo para os clientes. Por exemplo, se uma empresa primeiro aprende a usar a IA para melhorar sua busca interna de documentos, ela ganha a habilidade e a confiança necessárias para depois usar essa mesma tecnologia em seus aplicativos e sites públicos.
O Google oferece várias ferramentas para ajudar as empresas a começar, não importa o nível de experiência. Desde soluções mais simples, que integram a IA em ferramentas do dia a dia (como o Google Workspace), até plataformas mais avançadas para quem quer customizar e criar seus próprios aplicativos (como o Vertex AI). O objetivo é dar às empresas um caminho para não só iniciar seus primeiros projetos, mas também para crescer e se adaptar no futuro.